Os piores papas da história
1) Sérgio III (904-911)
Sabe-se muito pouco a cerca de sua história antes de receber o título de Papa. Tornou-se Sumo Pontífice pela primeira vez em meados do século X (mais precisamente em 897). Foi obrigado a renunciar, mas em 901, tomou a força o trono do Papa Leão V.
Sergio também esqueceu-se dos votos de castidade. Foi, por muitos anos, amante de Marózia, esposa de Alberico I de Espoleto e filha de Teofilato I, senador e consul romano. Com ela, o Papa chegou a ter um filho, que mais tarde tornou-se o Papa João XI. Um fato comumente conhecido diz que Sergio III era extremamente opositor do Papa Formoso, e foi um dos responsáveis por um dos momentos mais doentios da história do papado: o Sínodo do Cadáver. O Sínodo do Cadáver, também conhecido como O Julgamento do Cadáver é o nome pelo qual ficou conhecido o episódio do julgamento póstumo do Papa Formoso, que havia morrido nove meses antes. O corpo do pontífice fora exumado, vestido com insígnias e ornamentos e posto num trono e então acusado de transmigração em violação do direito canônico, de falso testemunho, de servir como um bispo, enquanto na verdade, um leigo, entre outros crimes, que foram lidos diante do corpo inerte de Formoso. O juiz foi ninguém menos que Sergio III, (que, na época, ainda não era Papa) que o condenou pelos crimes. Formoso foi despido de suas vestes, teve três dedos da mão direita - usados para a benção - amputados e todos os seus atos e ordenações declaradas inválidas. O corpo foi finalmente sepultado em um cemitério para estrangeiros, apenas para ser desenterrado mais uma vez, desmembrado, e lançado no rio Tibre. Sergio III ficou no poder até 14 de abril do ano 911, data em que veio a falecer.
2) Papa João XII (955-964)
Totalmente vida loka, esse papa que atuou de 955 à 964, é considerado um dos piores Papas de toda a história da Igreja. Recebeu o título maior do catolicismo com apenas 18 anos, e logo desenvolveu uma reputação invejável a qualquer psicopata. Foi descrito como libertino, criminoso e sanguinário. Diz-se que estuprava as próprias irmãs e que mantinha uma relação sexual com a mãe, isso sem falar nas prostitutas, à quem João XII presenteava com cálices de ouro. Ele também tinha uma mania chata de "abençoar" (se é que você me entende..) as amantes em locais sacros do vaticano, como em cima dos túmulos de São Pedro e São Paulo. Quando não estava brincando de esconder a salsicha, João XII se divertia cegando e castrando cardeais. A vida libidinosa e cruel de João XII estava causando tanto estrago à Igreja Católica, que um sínodo de emergência fora convocado. Um sínodo é convocado pelo bispo, a autoridade máxima da diocese. Dele participam sacerdotes de nível inferior, para discutir determinado assunto. Na época, todos os bispos italianos, 16 cardeais e outros prelados (alguns alemães), reuniram-se para decidir o que fazer com o devasso pontífice. Convocaram testemunhas e ouviram evidências sob juramento. Então, fizeram uma lista que adicionava ainda mais acusações às informações bizarras e assustadoras que já possuíam sobre João. Algumas delas foram descritas em uma carta escrita a João pelo Imperador do Sacro Império Romano, Otto I da Saxônia. Acontece que o Papa estava pouco se fodendo, e ameaçou não só à Otto, mas todos os envolvidos, de excomungação. O imperador Otto não se curvou à ameaça de excomunhão do papa e o depôs, colocando em seu lugar o papa Leão VIII sem que João soubesse. Quando retornou a Roma, em 963, sua vingança foi infinitamente pior que sua ameaça. João XII depôs o papa Leão e, ao invés da excomunhão, executou e mutilou todos os que fizeram parte do sínodo. Um bispo teve a pele arrancada, um cardeal teve o nariz e dois dedos cortados e a língua arrancada, e 63 membros do clero e da nobreza romana foram decapitados. Na noite de 14 de maio de 964, parece que todas as rezas implorando a morte de João XII foram ouvidas. Segundo a descrição do bispo João Crescêncio de Protus: "enquanto estava tendo relações sujas e ilícitas com uma matrona romana, o papa foi surpreendido pelo marido de sua amante em pleno ato. O enfurecido traído esmagou seu crânio com um martelo e, finalmente, colocou João XII no seu devido lugar.
3) Papa Alexandre VI (1492-1503)
Alexandre VI foi tão não-cristão que criaram um drama de televisão moderna inteiro dedicado a contar as histórias das palhaçadas dele e de sua família. Você pode conhecê-lo por seu nome de família: Rodrigo Borgia. Borgia era uma família de comerciantes ricos que efetivamente compraram o trono do papa para que Rodrigo se sentasse nele em 1492. Uma vez tornado papa, os bons tempos começaram a rolar para a família Borgia. O papa Play boy era responsável pelas orgias mais elaboradas que o Vaticano já tinha visto; coisas como 50 prostitutas amontoadas em uma única sala onde o papa e os membros de seu clero faziam o que queriam com elas. Ele atribuiu a alguns clérigos o dever de não participarem das orgias para que as observassem e fizessem o controle da quantidade de orgasmos que cada membro do clero alcançava, pois ele acreditava que virilidade era um sinal de força e ele não aceitaria homens “pouco férteis” em sua panelinha. Alexandre VI também teve várias amantes, incluindo Giulia Farnese (conhecida como Júlia, a Bela), e teve numerosos filhos ilegítimos com a antiga amante Vannozza dei Cattani (que era casada na época). Ele casava sua filha, Lucrécia, com comerciantes ricos e em seguida declarava o casamento nulo – ele era o papa, afinal de contas – e absorvia todo o dinheiro deles. Aliás, ele também estuprava sua filha, que por sua vez também era estuprada por seu irmão. Alexandre VI e sua família efetivamente roubaram a nobreza de Roma e mataram quem ousasse se opor contra eles. Seus caminhos hedonistas eram tão descarados que, mesmo com o crime e a violência tomando as ruas de Roma, o papa ocupou-se com comédias, banquetes pródigos e bailes – todos pagos com fundos da igreja católica. Seu papado de 11 anos chegou finalmente ao fim em 1503, quando um dos muitos assassinos contratados para matá-lo conseguiu terminar o serviço. Ele foi envenenado e morreu lentamente ao longo dos próximos dias, com 72 anos de idade.
4) Papa Bento IX (1032-1048)
Tal papa foi tamanha calamidade que outros religiosos não pouparam críticas severas à figura. Graças aos laços de sua família com a igreja, conseguiu tornar-se para em tenra idade; alguns dizem que ele tinha entre 18 e 20, enquanto outros afirmam que Bento IX tinha apenas 12 anos quando foi consagrado Papa. Ele rapidamente desenvolveu uma imagem de “cruel e imoral”. O Papa Victor III escreveu que Bento IX cometia “estupros, assassinatos e outros atos indescritíveis. Sua vida como papa foi tão vil, tão má, tão execrável, que eu estremeço só de pensar nisso”. São Pedro Damião tinha coisas similares a dizer de Bento IX, descrevendo-o como “banquete de imoralidade” e “um demônio do inferno sob o disfarce de um padre”. Ele era anfitrião de orgias (patrocinadas pela igreja) exclusivamente masculinas no palácio, e livremente estuprava homens, mulheres, crianças e animais. Bento IX também detém a distinção de ser o único papa a vender seu papado; num belo dia, decidiu que queria se casar e vendeu seu título por 680 kg de outro, Resultado: se arrependeu e pegou de volta à força. Mais tarde, abdicou do papado e foi excomungado, morrendo como um homem normal, porém ainda excessivamente rico.
5) Papa Júlio II (1503-1513)
Tornou-se papa em 1503 e ficou no poder até 1513, data em que veio a falecer. Apesar do juramento do clero de celibato sagrado, Júlio II teve inúmeras amantes e, pelo menos, uma filha ilegítima, Felice della Rovere (algumas fontes indicam que ele tinha duas outras filhas, que morreram durante a infância). Alguns afirmam que o Papa também adorava um fio terra: em 1511, o conselho fez acusações de atos sexuais indecentes contra ele, alegando que ele era “um vergonhoso sodomita coberto de úlceras”. Embora fosse um fã de artes e esculturas antigas, Júlio também teria forçado Michelangelo a concluir a Capela Sistina antes do tempo que o artista pediu. Segundo registros, Michelangelo nunca chegou a terminar o túmulo do papa Júlio, após ele ter morrido.